Concha

Solidão, abandono, esquecimento …

Será isto que nos está reservado?

Qual de nós será a concha mais brilhante e que não foi partida pelas ondas?
Aquela que a criança vai apanhar para a levar para casa… aquela que não será esquecida, mas sim admirada …

Seremos assim tão parecidos com as conchas?
Também nós andamos milhares de quilómetros, as vezes sem destino, sem rumo …
E também nós precisamos da sorte e talvez do destino para sermos melhores que as outras “conchas”, para de que de nós fique algo, nem que seja a admiração de uma criança …

Enfim … pelo menos parecem estar em paz agora … calmamente adormecidas pelo som das ondas …

Ao menos que nos reste isso …

Bruno Rua

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